Fragmentos extraídos da obra "INVESTIGAÇÃO SOBRE O ENTENDIMENTO HUMANO"-David Hume
"É certo que a filosofia fácil e óbvia terá preferência dos homens sobre a filosofia exata e abstrusa; e por muitos será recomendada, não só como mais agradável como mais útil.Penetra na vida cotidiana, acomoda o coração e os afetos, e ao atingir os princípios que estimulam os homens, reforma-lhes a conduta aproxima-os mais do modelo de perfeição que ela descreve. Ao contrário, a filosofia abstrusa, fundada em uma compreensão que não pode adentrar a vida prática e a ação, desaperece quando o filósofo sai da sombra e penetra no dia claro, nem seus princípios podem manter facilmente qualquer influência sobre nossa conduta e nosso comportamento. Os sentimentos do nosso coração, a agitação de nossas paixões e a veemência de nossas afeições, dissipam todas as suas conclusões e reduzem o filósofo profundo a um simples plebeu."
"A obscuridade é, de fato, penosa tanto para o espírito como para os olhos; todavia, trazer luz da obscuridade, por mais trabalhoso que seja, deve ser agradável e regozijador."
Meu intuito aqui, não é tecer uma análise filosófica do pensamento de Hume, até porque, reconheço minha fragilidade intelectual para a saga. Hume diz que tanto a filosofia dita 'fácil', quanto a 'profunda', se complementam em um determinado estágio; que uma não existe em detrimento da outra. Gostaria de fazer apenas uma observação, sob o ponto de vista sociológico, dentro do que chamamos de descortinamento da realidade social. Na obra, me apaixonei pelos textos acima, no que diz respeito às formas de organização do interior humano, à partir de um árduo exercício da reflexão.
Nossa tendência é optar pelas facilidades. Nada que nos exija muito esforço. Assim fazemos escolhas fúteis. Relacionamentos fúteis. Existência fútil. Às vezes, personificamos a futilidade. Gostamos de ouvir coisas agradáveis. Ao embrenharmos por vias 'mais razoáveis', deixamos de descobrir caminhos encantadores. A nossa indolência espiritual e intelectual nos abstrai do conhecimento de nós mesmos e da nossa realidade.Teremos eleições. Sinto-me ridícula escrevendo sempre sobre a mesma coisa, (afinal, todos já estão conscientizados), mas por que incorremos sempre nos mesmos erros?? Por que elegemos sempre "essa gente rasteira" para nos governar??? Por que elegemos sempre programas partenalistas??? Parece que gostamos de viver na mendicância social. Temos a nossa inteligência substimada por esses FDP, que farão debates nas emissoras. Poderia amar esse país, se a minha gente soubesse fazer escolhas mais acertadas no campo político. Isso é de importância vital.Interfere diretamente na nossa vida.
Por favor, vamos refutar com veemência, planos assistencialistas, políticos que tenham processos ou seus nomes vinculados à corrupção.Ao analisarmos os candidatos, vamos tentar fazer um exercício intelectual mais laborioso, mais árduo, porém que nos dará a chance de fazermos opções mais inteligentes, que poderão dignificar esse país e quem sabe pela primeira vez nos elevarmos à condição de "cidadãos".
"Os grandes só podem ser julgados pelo que são. Só os vulgares consentirão em atribuir sua dignidade ao que fizeram; em virtude dessa condescendência, serão 'escravos e prisioneiros' de suas próprias faculdades e descobrirão, caso lhes reste algo mais que sua vaidade estulta, que ser escravo e prisioneiro de si mesmo é tão mais amargo e humilhante que ser escravo de outrem." Hannah Arendt
domingo, 11 de julho de 2010
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