Sem palavras, e na falta de uma linguagem apropriada para descrever a admiração que tenho por ti, recorro-me ao texto de Hannah Arendt, in A CONDIÇÃO HUMANA, CAP. XXV,'A Teia de Relações e as Histórias Humanas', pag.194.
"Embora plenamente visível, a manifestação da identidade impermutável de quem fala e age retém certa curiosa intangibilidade que frustra toda tentativa de expressão verbal inequívoca. No momento em que desejamos dizer quem alguém é, nosso próprio vocabulário nos induz ao equívoco de dizer o que esse alguém é; enleamo-nos numa descrição de qualidades que a pessoa NECESSARIAMENTE PARTILHA COM OUTRAS PESSOAS QUE LHE SÃO SEMELHANTES; passamos a descrever um tipo ou 'personagem', na antiga acepção da palavra, e acabamos perdendo de vista o que ela tem de singular e específico(*)."
(*)De singular e específico: sua generosidade e excelência intelectual, que tanto honra seus semelhantes com seus ensinamentos.