domingo, 20 de julho de 2014

POEMA DO ÓCIO II

Quero apenas amar-te lentamente
Tal qual o vento que transforma as rochas
Sempre de forma constante
Como o ininterrupto pulsar da veia
Como se o tempo a mim pertencesse
Sem as aflições das barganhas de amor
Sem o equivocado desejo da reciprocidade
Longe, muito longe, das feiras dos sentimentos
Longe da fantástica racionalidade mas  perto do real irracional...
Quero amar-te como se o tempo fosse meu
Como se  meu  tempo  fosse eterno...
Manipulando eras, brincando com Cronos...
Mas todo o tempo, todo o tempo é pouco

Talvez sequer haja tempo
Iniciei o diálogo com o 'tempo'...
Não houve jeito, o tempo perdeu-se no devir das horas
Casou-se com a deusa Prado
Um milhão de vezes tentei falar-lhe
Mas o tempo....
Desde então tenho me fatigado todos os dias
Vestindo e despindo e arrastando amor, sombras e eternidades....
Tempo que escoa sempre longe de mim...
Karem Regina Costa  - 05/12/2011

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