segunda-feira, 25 de março de 2013

A tua falta

Sinto a tua falta. No sonho ouço a tua voz, ao longe, a ondular em mim. A tua voz abraçada, a fazer festas. Próxima. Presente. Guardo os meus gestos nos teus cabelos e o frio dos teus dedos agarrados no calor das minhas mãos. ...Dou nomes aos teus sinais, com beijos lentos - um a um - até construir o caminho para os teus lábios, minha casa, meu porto de abrigo, meu ninho. Perco-me na luz do teu arco-íris, nos teus olhos, mergulho no seu mar azul, denso, infinito, um amor só nosso. Perco-me no teu cheiro... há um breve e vago assobio na sua pele, há um arrepio no escuro nas minhas pálpebras fechadas, para te sentir próximo do meu braço, para te encontrar sempre nos caminhos dos meus devaneios.
A tua falta

Sentir a tua falta. Ouvir a tua voz, ao longe, a ondular em mim. A tua voz abraçada, a fazer festas. Próxima. Presente. Guardar os meus gestos nos teus cabelos e o frio dos teus dedos agarrados no calor das minhas mãos. Dar nomes aos teus sinais, com beijos lentos - um a um - até construir o caminho para os teus lábios, minha casa, meu porto de abrigo, meu ninho. Perder-me na luz do teu arco-íris, nos teus olhos, onde nos fazemos peixes vivos, para nadar num mar de azul, denso, infinito, apenas nosso. Pedir ao teu cheiro um breve e vago assobio na pele, um arrepio no escuro das pálpebras fechadas, para te sentir próxima do meu braço, para te encontrar por lá e puxar-te para aqui, agora, já.

                               DUALISMO BURKEANO Edmund Burke. Dublin, Irlanda. (1729-1797). Filósofo conservador/liberal. Discípulo d...