domingo, 30 de outubro de 2011


I-RACIONALE

Procurei razões no racional
Deparei-me com becos escuros
A luz não me conduzia a  lugar algum
Encontrei você em meio aos meus devaneios

Amei-te como Dante...
Do negro hades até o branco paraíso
Lutei contra Lúcifer para não perder-te para morte
Lutei contra Deus para não te levares para a eternidade

Encontrei você e senti a dor do meu amor
Na i-racionalidade dos desvarios humanos
Na angústia de amar-te
Lembrei-me dos pregos de Cristo

Senti todos eles cravados em meu peito
Na i-racionalidade te vi em meus braços
Meus sôfregos beijos em seus lábios
Me levavam a canais iluminados

Em misto ao sofrimento de não tê-lo
Fui remetida pela i-racionalidade
Ao mundo orgásmico do teu corpo
Senti todo ele dentro de mim

Ele todo pertencia a mim
Já não tinha como perder-te
E minha i-racionalidade
Te aprisionou para sempre dentro de mim

Não encontrei na racionalidade
Motivos para o amor
O tamanho desejo de tê-lo
O medo de perdê-lo

E na minha i-racionalidade te mantenho aqui, bem aqui dentro de mim, meu amor.

domingo, 9 de outubro de 2011

                                                                                      
 
 
Poema insone

Por entre as pausas e silêncio da tua voz,
procurei decifrar se ouvia apenas compassos
que me enloqueciam, por entre os desvios e reflexos do teu olhar,
tentei perceber se eram apenas raios, luzes e cores que me atraiam,
mas quando subi ao templo erguido no teu corpo,
senti que não eras figura nem escultura,
porque sequer existias.

                               DUALISMO BURKEANO Edmund Burke. Dublin, Irlanda. (1729-1797). Filósofo conservador/liberal. Discípulo d...