O mundo é meu também.
Joguei fora meu patuá cheio de mágoas, decidi que ele não pode mais ser acompanhante do meu espelho, rimas e batom vermelho. Não há espaço para o belo e para o amargo em mim, não mais.
Entrei num mundo que me pertence, não são as feridas que me retiram dele,´sou tal qual a muralha com raízes profundas, poucas coisas conseguem me abalar.......
À moça desconfiada digo: nem sou bonita, não vou roubar seu homem, você podia ter direcionado a mim também teu lindo sorriso, eu retribuiria. (Sua imaturidade é patológica e fatídica para uma mulher não tão nova assim, reveja isso querida)
À amiga que amo incondicionalmente digo: nem sou forte, tuas palavras me dilaceram e me arrancam lágrimas, e a falta delas não me faz menos sincera.
À menina medrosa de olhos lindos digo: nem sou tão livre assim, essa liberdade perigosa me machuca, por favor pare de invadir meus sonhos e pesadelos, é teu o que tenho de melhor.
À descontrolada que gritava comigo digo: tão triste um amor bonito se fazer feio, lamentável o carinho se fazer agressão, tuas atitudes refletem as minhas, e nós sempre seremos espelho.
À pequena que me manda cartas imaginárias e me diz verdades duvidosas digo: linda, louca, eu sei que só procura um abrigo, eu bem sei que solta palavras cortantes, mas peço que sofra menos e viva mais. Tu até podes levar o homem que amo, mas nunca levarás o amor que sinto por ele...espero que ele seja agraciado pela mesma intensidade...
Escrevo em prantos esse devaneio, escrevo como se me mudasse de casa, de plano, de corpo. E nem me importo com a dor, porque as vezes é doendo que se liberta.
Continuo acreditando e seguindo minhas convicções
amizade não oscila, não balança, não vence o prazo, amizade simplesmente é; gosto de palavras duras, sei lidar com elas quando lançadas feito bombas;
não exijo atenção de quem gosto e respeito, não tenho carências de holofotes, exceto os meus mesmos; quanto à felicidade, eu acredito nela, mas
finais felizes só existem em novelas.
E mesmo sem meu saquinho de mágoas, continuarei guardando-as para mim,
mas no meu mundo, no lado que me cabe sem ofender, sem chorar.
Porque eu continuo a mesma caipira de sempre, gosto de bucólico, do que sangra, do que é profundamente humano e existencial, que tem como melhor amigo um travesseiro, que escreve como louca num caderno velho e que viu o tempo pas, nunca agindo feito idiota que invade mundos alheios...Sequer consigo penetrar no meu próprio...Quem sabe esse ser perdido que tens demonstrado ser, passe a se encontrar quando descobrir o seu próprio 'Eu', as dores e as alegrias que possuem sua alma, se tornam amenos. Não é certo se passar por quem não é, esse comportamento tritura sua alma e sua estima... quando assinamos o que fazemos somos verdadeiros conosco, passamos a nos sentir fortes e enfrentamos melhor a existência...
tavez os 'duendes' que vc. mencionou, trata-se da visão que tens de si mesma...Reconheço quem sou e preciso tão somente da minha aprovação para ser feliz....Os jogos que conduzem ao êxito em qualquer situração da vida, são aqueles que jogamos com honestidade...Nunca é tarde para aprender, se tornar GENTE, e principalmente AMADURECER... Comece tendo fé em si talvez um dia consiga ter fé em alguma Divindade...
"Os grandes só podem ser julgados pelo que são. Só os vulgares consentirão em atribuir sua dignidade ao que fizeram; em virtude dessa condescendência, serão 'escravos e prisioneiros' de suas próprias faculdades e descobrirão, caso lhes reste algo mais que sua vaidade estulta, que ser escravo e prisioneiro de si mesmo é tão mais amargo e humilhante que ser escravo de outrem." Hannah Arendt
quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013
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