"Os grandes só podem ser julgados pelo que são. Só os vulgares consentirão em atribuir sua dignidade ao que fizeram; em virtude dessa condescendência, serão 'escravos e prisioneiros' de suas próprias faculdades e descobrirão, caso lhes reste algo mais que sua vaidade estulta, que ser escravo e prisioneiro de si mesmo é tão mais amargo e humilhante que ser escravo de outrem." Hannah Arendt
sexta-feira, 23 de maio de 2014
Cais, às vezes, afundas
em teu fosso de silêncio,
em teu abismo de orgulhosa cólera,
e mal consegues
voltar, trazendo restos
do que achaste
pelas profunduras da tua existência.
Meu Amor, o que encontras
em teu poço fechado?
Algas, pântanos, rochas?
O que vês, de olhos cegos,
rancor e ferida?
Não acharás, Amor,
no poço em que cais
o que na altura guardo para ti:
um ramo de jasmins todo orvalhado,
um beijo mais profundo que esse abismo.
Não me temas, não caias
de novo em teu rancor.
Sacode a minha palavra que te veio ferir
e deixa que ela voe pela janela aberta.
Ela voltará a ferir-me
sem que tu a dirijas,
porque foi carregada com um instante duro
e esse instante será desarmado em meu peito.
Radiosa me sorri
se minha boca fere.
Não sou um pastor doce
como em contos de fadas,
mas um lenhador que comparte contigo
terras, vento e espinhos das montanhas.
Dá-me amor, me sorri
e me ajuda a ser bom.
Não te firas em mim, seria inútil,
não me firas a mim porque te feres.
sexta-feira, 16 de maio de 2014
Anoiteceu!
Anoiteceu!
Debruça-te para o interior do meu vazio. Nenhum rosto, nenhum pensamento, nenhum gesto inútil. Nenhum desejo - porque o desejo precisa de um rosto. E no lugar daquele que partiu acende-se a noite. (by now)
quinta-feira, 1 de maio de 2014
Minha reverência
Este blog que outrora fora dedicado a um amor impossível, agora destinado às três vertentes da minha Ciência, será também um espaço dedicado ao belo. Serão publicados aqui poemas de minha autoria (nem tão belos assim) e obras primas de autores que eu aprecio. A poesia suaviza a acidez existencial, deleita a alma e enleva o espírito.
Um anjo que atravessa o mar e atinge o horizonte, é um nômade do Absoluto!
Saberá desfolhar mananciais transfigurados na memória...
Seu lugar é de poder e seu Fogo mora no infinito!
Quando encontra-se, sente o céu erótico e aberto...
O Sol torna-se transparente e canta...
O deserto atravessa o firmamento, e todas as pétalas se tornam selvagens e vitoriosas!
Nesta hora, compreende o caráter dos ventos e das tempestades...
Tem o discernimento dos seus Tótens de poder...
Ritos e profundas seivas, lhe ensinaram a ficar em estado de 'Raio', para mover-se!
O Amor grita na garganta...
A serpente traduz....
A águia eleva....
O jaguar observa...
Deste coração sagrado, há seus sinais arcaicos das montanhas e da sua predestinada fala
Sombras agora, dançam no fogo da existência!
Karem Regina (11/02/2011).
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