Pois Marx era antes de tudo revolucionário. Contribuir, de um ou outro modo, com a queda da sociedade capitalista e de suas instituições estatais, contribuir com a emancipação do moderno proletariado, que primeiramente devia tomar consciência de sua posição e de seus anseios, consciência das condições de sua emancipação – essa era sua verdadeira missão em vida. O conflito era seu elemento. E ele combateu com uma paixão, com uma obstinação, com um êxito, como poucos tiveram. Seu trabalho no 'Rheinische Zeitung' (1842), no parisiense 'Vorwärts' (1844), no 'Brüsseler Deutsche Zeitung' (1847), no 'Neue Rheinische Zeitung' (1848-9), no 'New York Tribune' (1852-61) – junto com um grande volume de panfletos de luta, trabalho em organização de Paris, Bruxelas e Londres, e por fim a criação da grande Associação Internacional de Trabalhadores coroando o conjunto – em verdade, isso tudo era de novo um resultado que deixaria orgulhoso seu criador, ainda que não tivesse feito mais nada.
E por isso era Marx o mais odiado e mais caluniado homem de seu tempo. Governantes, absolutistas ou republicanos, exilavam-no. Burgueses, conservadores ou ultra-democratas, competiam em caluniar-lhe. Ele desvencilhava-se de tudo isso como se fosse uma teia de aranha, ignorava, só respondia quando era máxima a necessidade.
Seu nome atravessará os séculos, bem como sua obra! (FRIEDRICH ENGELS)
A retomada do discurso burguês "às avessas", como diria o Prof.Chico de Oliveira, começou, e haja saco para suportar tanta insanidade. O grande circo se ergue para mais um espetáculo, onde os expectadores vestidos de palhaços, se preparam para assistir a grande pantomima. A apresentação dos protagonistas, agora travestidos de heróis e detentores dos mais nobres valores e sentimentos sociais, tem seu lugar na grande mídia. Totalmente desconhecedores dos desgostos e sofrimentos da grande massa, esses aristocrátas e intelectuais de gabinete, jamais pisaram em uma favela para saber como vivem os marginalizados. Nunca passaram por dificuldades ante um sistema jurídico plutocrático que não privilegia indivíduos vindo de camadas inferiores da sociedade. Onde a simples adoção perpassa uma análise das condições monetárias do requerente. Nunca viveram a realidade da luta pela sobrevivência. Esses seres, que nunca se embrenharam no meio da classe operária, nunca sentiram o peso de se trabalhar horas a fio, para conseguir sobreviver em um mundo que se sabe, não haver lugar para todos. Temos (ou não temos, basta clicar o botão), que suportar essas falácias. O grande Marx que assistiu a pressão burguesa sobre a sociedade proleta, e institucionalizou a esperança dessa classe sobre a exploração, só um homem que viveu a realidade massacrante da super estrutura sobre a estrutura inferior, merece mais do que ninguém a homenagem acima, e só ele tem propriedade para discursar em favor das classes menos favorecidas.
"Os grandes só podem ser julgados pelo que são. Só os vulgares consentirão em atribuir sua dignidade ao que fizeram; em virtude dessa condescendência, serão 'escravos e prisioneiros' de suas próprias faculdades e descobrirão, caso lhes reste algo mais que sua vaidade estulta, que ser escravo e prisioneiro de si mesmo é tão mais amargo e humilhante que ser escravo de outrem." Hannah Arendt
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