sábado, 21 de junho de 2014

Por existires





Amor,


E tua existência era o instante feliz.
A ressurreição do Nada trouxe os momentos de glória
As insones noites heróicas
As cálidas tardes, amenas
O teu existir sopra brisas em mim
Há vida na sua ação estática
Suas sombras emanam luz.



 A tua existência é a manhã feliz.
Embora o céu cinzento transpareça a tempestade
O contentamento da assombrada canção
Faz palpitar em meu peito um coral de querubins
O fogo que me consome?  Iluminou a casa
O Eterno reduz-se a nada diante de Ti.

O que é a efêmera e superficial  vida
Diante da tua existência?
Em ti a totalidade esfarela-se em fragmentos
Procuro-me nas parte que o compõem
Encontro-me reduzida a coisa alguma  

A tua existência...
Desde sempre em mim. Desde
Sempre estiveste. Nas arcadas do Tempo
Nas ermas biografias, neste adro solar
No meu mudo momento

Desde sempre, amor, redescoberto em mim.

(Karem Regina, 22/06/2014)


              



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